Em apoio a campanha de Setembro Amarelo, saiba mais sobre a depressão, seus sintomas, causas e como conquistar a felicidade
Atingir a felicidade é um objetivo universal, mas, para muitas pessoas, a depressão pode ser um obstáculo profundo. Em uma cena do filme da Barbie lançado esse ano, nos deparamos com a nova versão da boneca: a Barbie Depressiva, após a personagem de Margot Robbie passar por um momento difícil. Esse trecho ilustra de forma crua a maneira como a sociedade muitas vezes simplifica e até comercializa condições de saúde mental complexas.
A depressão é mais do que apenas uma sensação de tristeza passageira, é um distúrbio de humor profundo que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Compreender os sinais e sintomas é fundamental para poder buscar ajuda e apoio adequados.
Confira no Blog da Affix principais causas da depressão, sinais e sintomas, tratamentos e como ajudar alguém que tem a doença. A felicidade está ao alcance de todos, e estamos aqui para ajudar você a encontrá-la.
O que é depressão
“Mais uma noite chega e com ela a depressão”, canta Kelly Key na música “Anjo”. Esse trecho pode fazer parecer que a depressão é uma tristeza passageira, como se tivesse hora marcada para aparecer. Mas não é bem assim.
A tristeza é uma resposta natural a desafios, perdas ou desapontamentos e tende a diminuir com o tempo. Já a depressão é uma condição médica séria e persistente que afeta o bem-estar global, a energia e a capacidade de funcionar no dia a dia de uma pessoa.
Na América Latina, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão, além de ser o segundo país com maior prevalência nas Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde.
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Sinais e sintomas
Veja na imagem como se comporta uma pessoa com depressão:
É importante lembrar que a depressão se manifesta de maneira diferente em cada pessoa e nem todos apresentarão todos os sintomas listados. Se você ou alguém que conhece está apresentando esses sinais, é vital procurar ajuda de um profissional de saúde.
Causas da depressão
De acordo com o Ministério da Saúde, existem três causas principais da depressão:
– Genética: estudos com famílias, gêmeos e adotados indicam a existência de um componente genético. Estima-se que esse componente represente 40% da suscetibilidade para desenvolver depressão. Ou seja, se você tem familiares com depressão, pode ter um risco maior de desenvolver a doença.
– Bioquímica cerebral: há evidências que a deficiência ou desequilíbrio de substâncias cerebrais, chamadas neurotransmissores, pode contribuir para a depressão. São eles Noradrenalina, Serotonina e Dopamina que estão envolvidos na regulação da atividade motora, do apetite, do sono e do humor.
– Eventos vitais: eventos estressantes podem desencadear episódios depressivos naqueles que tem uma predisposição genética a desenvolver a doença. Por exemplo, eventos traumáticos, como abuso, morte de um ente querido, problemas de relacionamento ou estresses financeiros.
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Famosos que já tiveram depressão
Saúde mental ainda é considerada um tabu, ou seja, as pessoas têm medo de falar sobre o assunto, o que causa muita desinformação sobre o tema. Conheça alguns famosos que sofreram com a doença e resolveram falar abertamente sobre o assunto:
- Padre Marcelo Rossi: um dos padres mais carismáticos do Brasil, responsável por atrair através da música o interesse dos jovens pela igreja católica nos anos 2000, o religioso chegou a afirmar que nunca enxergou a depressão como uma grave doença, mas mudou de ideia quando se viu com a doença.
- Jim Carrey: famoso por interpretar grandes filmes de comédia como Ace Aventura e O Máscara, o ator revelou, durante uma entrevista em 2004, que sofria de depressão. Em 2015, após sua namorada morrer, o artista chegou a se distanciar do cinema para fazer tratamento.
- Whindersson Nunes: o humorista fala abertamente sobre sua saúde mental desde quando anunciou estar com depressão, em 2019. O comediante conta ainda, em entrevistas, sobre o impacto da fama e do trabalho na doença.
Tratamentos disponíveis
A depressão costuma ser crônica e recorrente, principalmente quando não é tratada. Por isso, o tratamento é realizado com medicamentos e terapias, necessitando da ajuda profissional de um psiquiatra e um psicólogo.
A escolha do antidepressivo é feita em alguns critérios como: subtipo da depressão; antecedentes pessoais e familiares; boa resposta a uma determinada classe de antidepressivos já utilizada; presença de doenças clínicas; e nas características dos antidepressivos.
De acordo com o Ministério da Saúde, 90 a 95% dos pacientes apresentam remissão total com o tratamento medicamentoso. Portanto, é importante a adesão ao tratamento, uma vez interrompido por conta própria ou por uso inadequado da medicação, pode aumentar significativamente o risco da doença se tornar crônica.
Alguns remédios comuns para depressão são: fluoxetina, sertralina e escitalopram, que tem como função aumentar os níveis de serotonina no cérebro, um neurotransmissor associado ao bem-estar e à felicidade. Todos os antidepressivos podem causar efeitos colaterais, que variam de pessoa para pessoa, e todos possuem um tempo de reposta de algumas semanas para começarem a fazer efeito. Sempre consulte um médico ou profissional de saúde antes de iniciar qualquer tipo de tratamento
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Como ajudar alguém com depressão
1 – Seja empático e escute o que a outra pessoa tem a dizer.
2 – Evite frases simplistas como: “Apenas pense positivo”; “Todo mundo tem dias ruins”; ou “Sua vida é tão boa”.
3 – Mantenha contato e demonstre apoio.
4 – Tenha paciência.
5 – Encoraje a pessoa a buscar ajuda profissional e serviços de apoio como o CVV (Centro de Valorização da Vida).