Obesidade infantil: de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, estima-se que 4 em cada 5 crianças obesas serão obesas quando adultas
A obesidade infantil é uma condição séria que afeta um número crescente de crianças em todo o mundo. Trata-se pelo excesso de peso para uma determinada altura em crianças com até 12 anos. Segundo estudo produzido pelo Ministério da Saúde, 7% das crianças brasileiras menores de cinco anos estão com excesso de peso e 3% estão obesas.
Essa doença pode ter impactos significativos na saúde de uma criança. Uma vez que a obesidade pode prejudicar o desempenho escolar e aumentar o risco de doenças como hipertensão e diabetes. Além disso, a obesidade infantil pode levar a problemas psicológicos, como baixa autoestima e depressão.
A prevenção e o tratamento da obesidade infantil geralmente envolvem mudanças no estilo de vida, como adotar hábitos saudáveis logo na infância. Em comemoração ao Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil (03/06), confira mais sobre esse tema tão importante!
O que é obesidade infantil?
A obesidade infantil é caracterizada por um excesso de gordura corporal em crianças de até 12 anos, sendo considerado sobrepeso quando o peso da criança está, no mínimo, 15% acima do peso de referência para a sua idade.
Ela é uma preocupação global crescente e é considerada uma questão de saúde pública devido aos impactos negativos na saúde física e emocional das crianças. Além disso, a obesidade está relacionada a diversas doenças como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e má formação do esqueleto. E pode gerar na criança dificuldades para executar atividades e brincadeiras comuns da infância.
Quais são as causas da obesidade infantil?
A obesidade infantil é resultado de uma série complexa de fatores genéticos e comportamentais, que atuam em vários contextos: familiar, escolar, social. Além disso, as crianças substituíram brincadeiras ao ar livre por telas e jogos eletrônicos, contribuindo ainda mais para o sedentarismo.
Com a vida cotidiana cada vez mais agitada, aumentou-se também o consumo de uma dieta desequilibrada, rica em alimentos processados e ultra processados. Mas a mudança não é simples, visto que pessoas obesas não ficam satisfeitas com a mesma quantidade de comida que as pessoas de peso adequado.
Leia também: Saúde feminina – a importância dos exames de rotina!
Como prevenir e tratar a obesidade infantil?
O diagnóstico e tratamento da obesidade infantil devem ser conduzidos por profissionais de saúde qualificados, como pediatras, nutricionistas e psicólogos. Porém, você pode promover uma mudança nos hábitos e rotinas da sua casa.
Amamentação
O Ministério da Saúde recomenda que o leite materno seja o único alimento da criança até o seu sexto mês de vida, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento. Só a partir dos seis meses que você pode introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.
Alimentação complementar
Os alimentos que você pode oferecer a partir do sexto mês são os complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes). A recomendação é três vezes ao dia, espessa e oferecida de colher. Começando com consistência pastosa e, gradativamente, aumentando até chegar à alimentação da família.
Importante destacar que o aleitamento materno deve continuar sendo ofertado até os dois anos, sendo a principal fonte de alimentação. Além disso, a alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança.
Alimentação saudável
Uma reeducação alimentar para toda a família pode ser o primeiro — e mais importante — passo para o combate à obesidade infantil. Ofereça a criança diferente alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.
Estimule o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. Evite açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, biscoitos recheados, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Esses alimentos devem sair de cena e dar espaço aos alimentos já conhecidos como arroz e feijão, além dos outros já citados.
Outra dica importante é usar o sal com moderação e tomar cuidado com a higiene no preparo e manuseio dos alimentos. Garantindo, assim, o seu armazenamento e conservação adequados.
Leia também: Alergias – saiba o que é, sintomas e como identificar se você tem
Atividade física
Estimule a prática de exercícios físicos. Quanto mais cedo a criança começar alguma atividade, maiores as chances dela se tornar um adulto ativo. Busque esportes que o seu filho se identifique, para que ele goste e mantenha o compromisso.
Além disso, você pode incentivar brincadeiras ao ar livre ou que movimentem o corpo como pega-pega, pular corda, amarelinha, bicicleta, entre outros.
Controle o tempo de exposição às telas
O tempo de exposição às telas de televisão, computador, celular, videogame, pode ser prejudicial à criança e influenciar um estilo de vida mais sedentário. Além disso, pode atrapalhar hábitos alimentares uma vez que a criança acaba não sentindo apetite ou come de forma acelerada por causa dos aparelhos.
Sono e repouso
A falta de sono adequado pode contribuir para a obesidade. Isso porque o relógio biológico da criança fica desregulado, afetando os hormônios que controlam o apetite. Assim, os pais devem ficar mais atentos para que as crianças descansem o tempo recomendado para cada idade.
Segundo a Academia Americana de Medicina do Sono (AASM), crianças de três a cinco anos devem dormir de 10 a 13 horas (incluindo cochilos à tarde). Crianças na idade escolar, de 6 a 12 anos, devem dormir de 9 a 12 horas à noite.
Seja o exemplo
É fundamental que toda a família estabeleça uma rotina saudável de alimentação e prática de exercícios físicos. Observando também o tempo de tela e quantidade de horas de sono. Ser o exemplo é a melhor maneira de educar seu filho.
