Mais conhecida como pressão alta, a hipertensão atinge 30% dos brasileiros de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia
No dia 17 de maio é comemorado o Dia Mundial da Hipertensão Arterial. A data tem como objetivo conscientizar e orientar a população sobre essa doença tão comum e que atinge 30% dos brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
No Brasil, a frequência de diagnóstico médico de hipertensão arterial foi de 25,2%, sendo maior entre mulheres (26,2%) do que entre homens (24,1%). Os dados são do Vigitel – principal pesquisa sobre saúde da população realizada em território nacional.
Mais conhecida como pressão alta, a doença é chamada de silenciosa por raramente apresentar sintomas perceptíveis, sendo um desafio perceber os sinais logo no começo. Neste artigo, você aprenderá a identificar os principais sinais da pressão alta e tirará todas as suas dúvidas sobre a doença.
O que é hipertensão arterial?
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença caracterizada pela elevação da pressão arterial. Basicamente, a pressão é a força que o coração faz para que o sangue seja distribuído pelo corpo. Quando ela está alta, significa que o coração está fazendo um esforço maior do que o normal.
A pressão é apresentada em milímetros de mercúrio (mmHg). Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, para a maioria das pessoas, a pressão é considerada alta quando os valores ficam maior ou igual a 14 por 9 (140x90mmHg). A partir desse limite, ela precisa ser tratada para evitar acidentes vasculares encefálicos, infartos, insuficiência renal e outros problemas graves de saúde.
É comum que a pressão arterial varie ao longo do dia, mas ela é considerada uma doença crônica quando fica alta na maior parte do dia, inclusive em repouso, pelo menos em três dias diferentes, com intervalo mínimo de uma semana entre as aferições.
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Tipos de hipertensão arterial
Hipertensão arterial primária: Ocorre devido ao envelhecimento, principalmente por causa do aumento da rigidez da parede arterial. É a forma mais comum da doença e também é consequência da soma de fatores genéticos e ambientais.
Hipertensão arterial secundária: É denominada assim quando a causa é conhecida. Pode estar relacionada a doenças renais, gravidez, efeitos secundários pelo uso de medicamentos, estreitamento da válvula da aorta e transtornos hormonais suprarrenais.
Pressão alta na gravidez: Pode ocorrer mesmo em mulheres que nunca tiveram hipertensão arterial alta antes. As causas podem estar relacionadas a diversos fatores como alimentação desequilibrada, malformação da placenta, obesidade e diabetes. É importante procurar um obstetra caso a pressão fique alta depois das 20 semanas de gestação, uma vez que a hipertensão pode causar vários outros riscos.
Quais sinais e sintomas?
Como dito anteriormente, a hipertensão é uma doença silenciosa. Entretanto, existem alguns sinais que podem indicar a doença, uma vez que ela desencadeia vários mecanismos de compensação, como o comprometimento da distribuição do oxigênio. Se os sintomas e sinais abaixo surgirem, provavelmente ela já estará em fase mais avançada. O ideal, portanto, é detectá-la com exames.
- Dor de cabeça
- Falta de ar
- Visão borrada, embaraçada ou dupla
- Zumbido no ouvido
- Tontura
- Dores no peito
Se você já sentiu, de repente, alguns desses sintomas procure um médico cardiologista.
Existem fatores de risco?
- Genética: se você tem algum parente próximo que é hipertenso, suas chances de desenvolver a doença são maiores. Filhos de pais hipertensos têm risco 30% maior de ter pressão alta.
- Idade: homens com mais de 55 anos e mulheres com mais de 65 anos têm mais chance de desenvolver pressão alta;
- Excesso de peso: o sobrepeso dificulta a circulação do sangue, o que pode aumentar a pressão nos vasos.
- Estresse: passar por muitas situações de estresse no dia a dia pode ser um fator de risco para a pressão alta.
- Alto consumo de sal: o sódio retém água no organismo, o que pode sobrecarregar os vasos sanguíneos.
- Sedentarismo: não praticar exercícios físicos também aumenta as chances de desenvolver a hipertensão.
- Tabagismo: substâncias tóxicas presentes no cigarro contraem os vasos sanguíneos, o que aumenta a pressão arterial.
Ter um ou mais dos fatores de risco para a hipertensão não significa que você tem a doença. Meça a pressão arterial a cada três anos se você tem entre 19 e 64 anos, e anualmente para idade igual ou superior a 65 anos.
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Como tratar a hipertensão arterial?
A hipertensão é uma condição que pode ser perigosa se não for controlada. Ela é a principal causa dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) – quando um vaso sanguíneo localizado no cérebro se rompe deixando sequelas neurológicas ou levando o paciente a óbito. Outras consequências graves da hipertensão podem ser infarto do miocárdio, aneurisma arterial, insuficiência renal e cegueira.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda o monitoramento frequente da pressão em casa ou em estabelecimentos de saúde, como farmácias e postos de saúde. Nos padrões aceitáveis de normalidade da pressão arterial, ela não deve ultrapassar a medida de 12 (máxima) por 8 (mínima). Caso o resultado extrapole esses parâmetros ou caso você já esteja apresentando os sintomas, é importante buscar avaliação e orientações de um cardiologista.
Como prevenir a hipertensão?
Para prevenir é importante adotar hábitos de vida saudáveis como se alimentar bem, praticar exercícios físicos e realizar exames regularmente, principalmente se houver casos da doença na família.
A hipertensão arterial é uma das principais causas de morte súbita no Brasil e, uma vez instalada, não tem cura. Por isso, a prevenção é o melhor caminho. Caso você já tenha a doença o controle deverá ser feito a longo prazo e é possível que o uso de medicamentos se torne uma medida permanente. Por isso, é importante criar uma rotina que evite falhas na tomada dos remédios.
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