O setor de planos de saúde tem registrado aumentos consecutivos desde julho de 2020, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar
O número de beneficiários com planos de saúde no país passou dos 49 milhões em março, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Essa já é a maior marca desde janeiro de 2016 e, desde julho de 2020, o setor tem apresentado aumentos consecutivos de beneficiários. Isso demonstra o quanto o setor continua aquecido com 49,07 milhões de usuários em planos de assistência médica e 29,35 milhões em planos exclusivamente odontológicos.
Em um ano, houve um crescimento de 1,27 milhões de clientes nos planos médico-hospitalares, equivalente a 2,60% de aumento no período. Já nos planos exclusivamente odontológicos, somaram-se 2,23 milhões de usuários, percentual de 7,62% de crescimento em um ano. O principal responsável pelo crescimento nos planos de saúde está na modalidade coletivo empresarial que desde julho de 2020 apresenta saldo positivo, ou seja, mais entrada do que saída de beneficiários.
Em março de 2022, o número de vínculos em planos coletivos empresariais de assistência médico-hospitalar representava 69% do total de beneficiários. Esse número de beneficiários tende a acompanhar o número de trabalhadores formais (Caged). Em um ano, o estoque de empregos formais foi de 38,7 para 41,3 milhões (+2,6 milhões ou 6,6%). No mesmo período, o número de beneficiários vinculados a planos de saúde do tipo coletivo empresarial foi de 32,5 para 33,9 milhões (+1,4 milhão ou 4,2%).
Alguns fatores podem esclarecer esse aumento na base de beneficiários. Com o crescimento no número de casos de Covid-19 no Brasil e no mundo, pessoas que não tinham plano de saúde começaram a ficar preocupadas, surgindo uma necessidade de contratação. Afinal, plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, ficando atrás somente de casa própria e educação de qualidade, segundo levantamento do instituto Vox Populi.
Além disso, as operadoras estão se adaptando em ofertar produtos mais adequados à situação socioeconômica do país. O uso de tecnologia para redução de custos, estratégias regionais, preços menores, redes mais enxutas e aposta na verticalização, ou seja, investimentos da operadora em estruturas próprias como hospitais, clínicas, laboratórios e outros serviços.