Em apoio a campanha Setembro Amarelo, conheça as principais causas e sinais de alerta sobre o suicídio. Além disso, saiba como ajudar!
O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Durante todo o mês de setembro, ações em diferentes esferas da sociedade buscam promover a saúde mental e oferecer informações sobre o suicídio.
O suicídio é um fenômeno complexo que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Falar sobre esse tema pode salvar vidas. Afinal, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se essas pessoas, que estão passando por momentos difíceis e de crise, tivessem acesso a informações de qualidade e ajuda profissional.
Veja alguns números importantes de acordo com a Associação Internacional de Prevenção ao Suicídio (IASP) e a Organização Mundial da Saúde (OMS):
- Por ano, cerca de 12 mil suicídios são registrados no Brasil.
- 96,8% dos casos têm relação com problemas relacionados à saúde mental, como a depressão.
- No mundo, o suicídio é uma das principais causas de mortes de pessoas entre 15 e 29 anos.
Os dados são alarmantes, e mesmo assim pouco se fala sobre o suicídio. Por isso, confira agora no Blog da Affix os mitos e verdades sobre esse tema, as principais causas de suicídio, sinais de alerta e como ajudar pessoas que estão nessa situação.
Leia também: Entendendo e superando a depressão – como conquistar a felicidade
Principais causas associadas ao suicídio
O suicídio é uma questão complexa que não pode ser atribuída a uma única causa. No entanto, certos fatores de risco são frequentemente associados ao suicídio, são eles:
- Doenças e Transtornos Mentais: condições como depressão, ansiedade, transtornos bipolares, esquizofrenia, transtornos de ansiedade e outros podem aumentar o risco de suicídio.
- Problemas Amorosos ou Familiares: perda dos pais e brigas frequentes, não poder expressar suas emoções e não se sentir amado ou compreendido no relacionamento.
- Uso de Drogas ou Alcoolismo: o abuso dessas substâncias pode aumentar o risco ao suicídio, tanto devido aos efeitos diretos no cérebro quanto aos problemas sociais e comportamentais associados ao abuso.
- Traumas Emocionais: devido ao estresse intenso, como em caso de violência física, acidentes, perda de um ente querido, término de relacionamento, trauma físico ou emocional, abuso ou experiências de bullying.
- Questões Econômicas: desemprego, pobreza ou instabilidade financeira podem contribuir para sentimentos de desesperança.
- Isolamento Social: indivíduos que se sentem desconectados ou isolados da sociedade podem estar em maior risco.
- Histórico Familiar: ter tentado suicídio, ter familiares que tentaram ou se suicidaram, ter ideias e/ou planos de suicídio podem aumentar o risco.
É importante destacar que a presença desses fatores não significa necessariamente que a pessoa irá cometer suicídio. São fatores de risco, e a prevenção eficaz muitas vezes envolve uma combinação de tratamento médico, terapia e apoio de amigos e familiares.
Mitos e verdades sobre o suicídio
Sinais de alerta
Reconhecer os sinais de alerta do suicídio pode fazer uma diferença significativa na vida de alguém em crise. Alguns sintomas comportamentais, emocionais e físicos podem indicar risco de suicídio. Aqui estão alguns dos sinais de alerta mais comuns:
– Frases de alarme e expressão de ideias ou de intenções suicidas: não quero mais viver; não aguento mais; eu quero sumir; são alguns exemplos.
– Isolamento e distanciamento da família, dos amigos e dos grupos sociais, além de desânimo para atividades que antes achavam prazerosas. O abandono do trabalho, dos estudos e dos hobbys pode sinalizar desinteresse pela vida.
– Mudanças repentinas no humor simulando uma melhora é comum em casos de tentativa. A pessoa torna-se subitamente alegre e, consequentemente, despreocupa amigos e familiares, abrindo espaço para que fique sozinha.
– Forma desinteressada como a pessoa está lidando com algum evento estressante ou traumático (acidente, desemprego, falência, separação dos pais, morte de alguém querido);
– Despedidas (“acho que no próximo natal não estarei aqui com vocês”, ligações com conotação de despedida, distribuir os bens pessoais), colocar os assuntos em ordem, fazer um testamento, dar ou devolver os bens;
– Qualquer doença psiquiátrica não tratada (quadros psicóticos, transtornos alimentares e os transtornos afetivos de humor).
Reconhecer estes sinais é apenas o primeiro passo. Observe atentamente e não subestime pequenas mudanças de comportamento. Se você perceber que alguém exibe vários destes sinais, é vital abordar a situação com sensibilidade.
Leia também: Ansiedade – conheça 10 sintomas físicos e psicológicos que merecem atenção
Como ajudar e prevenir
O papel da família e dos amigos é fundamental nessa etapa. Mostre que você se importa com aquela pessoa e que ela não está sozinha. Expresse sua preocupação e ofereça ajuda sem julgar ou dar conselhos. Você pode dizer: “Estou preocupado com você. Quer conversar? Como posso te ajudar?”
Além disso, é fundamental não comparar problemas. Não exija que seu amigo ou familiar se sinta alegre por ter menos problemas que outras pessoas. Cada um lida com sentimentos e emoções de forma particular. A vida não é uma competição de quem tem mais problemas.
E, claro, encoraje a pessoa a buscar ajuda profissional. Se você conhece alguém que está passando um sofrimento mental, escute ativamente o que ela tem a dizer e dê o apoio emocional que ela precisa para procurar ajuda.